segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Ciro Gomes chama Michel Temer de traidor em convenção do PDT em RR

Ciro Gomes chama Michel Temer de traidor em convenção do PDT em RR
Ciro Gomes disse que vice-presidente conspirou contra o povo. Assessoria de Temer informou que o assunto será tratado na Justiça.
20/12/2015 20h11 - Atualizado em 20/12/2015 20h16
Por Marcelo Marques
Do G1 RR
O ex-ministro do Trabalho e Emprego Manoel Dias,Ciro Gomes e Telmário Mota, que se reelegeu (Foto: Ascom/divulgação)O ex-ministro do Trabalho e Emprego Manoel Dias, Ciro Gomes e Telmário Mota, que se reelegeu como
presidente do Diretório Regional do PDT (Foto: Ascom/divulgação)
Pré-candidato do PDT à Presidência da República em 2018, o ex-ministro da Integração Nacional Ciro Gomes chamou o vice-presidente Michel Temer (PMDB) de traidor e de conspirar contra o povo brasileiro durante convenção estadual do PDT em Roraima nesse sábado (20). Ele já havia acusado o peemedebista de ser "capitão do golpe" em  Minas Gerais, onde disse ainda que "impeachment é um remédio grave".
A assessoria do vice-presidente Michel Temerinformou, em nota, ao G1 que “qualquer assunto relacionado a Ciro Gomes será tratado apenas na Justiça. Ele não merece resposta pessoal”, diz a nota.
O pedetista, que já governou o estado do Ceará, acompanhou a reeleição do senador Telmário Mota para a presidência do PDT em Roraima, na convenção estadual que ocorreu na Câmara de Boa Vista. Na ocasião, Ciro Gomes disse que o Brasil passa por um momento potencialmente perigoso para valores que estão em risco.
"Temos como exemplo a democracia e a liberdade de imprensa, ameaçados por uma escalada golpista feita por uma fração de políticos do Congresso Nacional”, afirmou Ciro, ao citar que "o golpe contra a democracia do Brasil almeja retirar a presidente Dilma Rousseff (PT) do poder e é capitaneado por Michel Temer".
De acordo com ele, embora o vice-presidente seja do PMDB, é preciso ter cautela sempre ao se falar de algum político da sigla.
"Tem vários ‘PMDB's,’ porque há políticos desse partido que têm meu respeito. Falo especificamente de uma 'banda-quadrilha'. Infelizmente, essa banda está escalando um golpe capitaneado por Michel Temer, um traidor que conspira contra o povo brasileiro e que já serviu em diversos governos. Hoje está enrolado até o 'gogó' em tudo que não presta. Situações promíscuas e podres que o Brasil tem tomado conhecimento", afirma.
Para ele, o governo da presidente Dilma sofre muitas queixas generalizadas do povo brasileiro e, segundo Ciro, há muitas contradições no campo moral, administrativo e econômico. "Não é porque não gostamos de um governo que vamos romper com a democracia, entregando a uma minoria um poder de um país tão importante como o Brasil. Por isso, me lancei junto com os companheiros do PDT para protegermos a nossa democracia e pressionar, suplicar para que o governo volte com os grupos e valores sociais que lhe deram a vitória", diz.
Mesmo com os escândalos envolvendo o governo da presidente Dilma, o ex-ministro disse que o PDT continuará na base governista.
“Nós ajudamos a elegê-la, mas a maioria de nós [do PDT] está queixoso em relação ao rumo desse governo. Então, nossa tarefa é defender a democracia, protegendo o mandato, que não pertence a Dilma, mas ao povo. Vamos mobilizar a inteligência brasileira para formular propostas concretas. Se isso vai ou não derivar do governo federal ou de uma candidatura do PDT, terei a honra de levar essa bandeira porque o trabalhismo é mais moderno do que nunca", sustenta.
Sobre a reeleição de Telmário Mota para a presidência do PDT em Roraima, Ciro ressaltou que o senador levará adiante as propostas do partido. "Esse estado tem um quadro político "extraordinário". Um companheiro por qual tenho admiração vem crescendo no Senado Federal. O Brasil precisa dar mais oportunidades para pessoas que nasceram no seio do povo e tenham a vez de chegar à política, separando a sujeira que está no país", considera.
Convenção
O senador Telmário Mota disse que o PDT trabalha com fidelidade aos parceiros e o partido não é de gaveta e nem de negociação. "É uma sigla compromissada com o povo brasileiro. Em Roraima, temos tido a independência e a confiança do diretório nacional. Continuaremos a estabelecer metas de trabalho, tanto para o governo federal quanto o estadual", esclarece.
Ele mencionou ainda que no próximo ano ocorrerá as eleições municipais e o PDT seguirá visitando municípios para estudar possíveis candidatos. "Queremos valorizar a prata da casa com candidatos aptos a disputar uma prefeitura, independente de a gente se aliar à alguma oposição de governo ou não”, analisa o político.

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